Brasília/Taguatinga – 18 e 19 de julho – 20h00
Público aproximado: 100 pessoas
Sesc – Teatro Paulo Autran
Amigos: Martha, Rossi, Ketrin e Índio!
Depois de quase dois meses de espera, retornamos ao Palco Giratório, direto para o centro do Brasil e com a Janja grávida de quase seis meses! O Gustavo retomando as palavras e o Tiago de “dread”, a Regina cuidando da cozinha e o Edson Bueno mais gordo. Brasília tem sido uma parada frequente. Desde 2007, quando viemos com “Capitu – Memória Editada”, que temos vindo todos os anos, com outros espetáculos e, palavras do Edson “... confessei aos amigos que, se na primeira vez fiquei um pouco assustado, digamos assim com a originalidade da cidade, à medida em que a visitava outras vezes ia adquirindo um certo prazer em viajar por suas imensas avenidas, suas lógicas urbanas muito especiais, seus desencontros e, mais que tudo, com a simpatia de seus habitantes.” Os brasilienses são simpáticos e recebem muito bem. Os que fizeram da capital do Brasil sua terra e os que aqui nasceram. Ok. Generalizar é um perigo, mas a sensação é exatamente esta. Nesta visita com “O Evangelho Segundo São Mateus”, quando fizemos duas apresentações em Taguatinga e mais duas em Ceilândia, fomos recebidos com muito, mas muito carinho. Sentimo-nos em casa, cuidados e agradados. Uma organização perfeita e um tratamento de quem precisa que assim seja, porque como disse o Rossi: “Vocês estão fora de casa...”. Verdade. Mas Brasília com seu ar seco e sua aparente frieza, causa do planejamento, é deliciosa e muito humana. E é, como deveria mesmo ser, uma mistura de sotaques, cores, ideias, comidas e sensações. Porque se vieram brasileiros de todos os cantos para construí-la e fazer dela sua terra, deram-lhe as cores da diversidade. Taguatinga é gigantesca, populosa demais e fervilha de gente e calor. Uma loucura! E a expectativa para o espetáculo é sempre uma ansiedade. Porque “O Evangelho...” sempre se faz sob o signo da fluidez e do diálogo com o público. É preciso, nos primeiros minutos, perceber a energia e a disposição da plateia, para dar o “start” do ritmo. Às vezes é tudo muito rápido e às vezes demora um pouco. Então que se temos, claro, o domínio do que estamos fazendo, também é do processo corrermos o risco de experimentar o que é diferente e misterioso. Há espetáculos em que o resultado é pura epifania e há outros em que esse risco provoca dor. Mas é pra ser assim mesmo. No espetáculo do dia 20, em seu início, o Edson confessou ao público um sentimento que nunca tinha expressado tão abertamente: “... quando ainda não era ator desta peça, apenas diretor, e ficava assistindo-a, sempre tinha a sensação de que tudo quanto sempre quis dizer com o teatro estava resumido nela... que todo o meu sentimento sobre a vida, as relações humanas e as humanidades estavam contidas nas palavras que escolhemos para fazer esta peça...”. E aconteceu o espetáculo, que começou fininho, sério e compenetrado, mas que aos poucos foi amolecendo e logo o público estava entregue ao diálogo e ao compartilhamento. Foi mais uma apresentação que deu prazer e que provocou todas as falações na van que nos levou para o Hotel Esplanada, claro, no setor hoteleiro, porque em Brasília tudo é assim. O Guilherme fica procurando o setor de hamburguers, o setor de forró, o setor de samba rock, o setor onde as meninas só gostam de magrelos louros de cabelo encaracolado e o setor de.... bem... Agora é Ceilândia!
Ps: As fotos da Santa Ceia das duas apresentações vão ser postadas na semana que vem, porque o Guilherme esqueceu o cabo de transferência. Sorry, amigos
Haha Devo dizer que achei muitos setores interessantes nessa cidade. Um dos melhores é o CONIC, um espaço bem alternativo. Para quem gosta de RPG e comics, eu recomendo a loja Kingdom Comics, fica lá dentro! Tem umas lojas de camisetas bem descoladas... eu mesmo quase comprei uma do mestre "yoda" do Star Wars de óculos escuros. hehehe
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