quarta-feira, 13 de abril de 2011

BANHO DE FOLHAS


Feira de Santana - Bahia - 12 de abril - 2o. Espetáculo - 19 horas
Público aproximado: 120 pessoas
Centro de Cultura Amélio Amorim
Feira de Santana é um charme, entre tantas razões, porque é a primeira Mostra Sesc de Artes e saem e entram grupos do Brasil, mais cursos e muito agito de produção. E um calor, mas tanto, tanto... e um sol forte, brilhante, logo às seis da manhã que nem dá pra acreditar. Nosso motorista Luciano disse algo poeticamente e simplesmente nordestino: “O sol grita! Às vezes amanhece a maior chuva e assim, sem mais nem menos, o tempo abre e o sol volta como se nada tivesse acontecido.” O sol incólume, poderoso, dono de si, intocável, iluminando Feira de Santana e sua vibração com o teatro. Eu creio! Então que chegamos no domingo aos trancos e barrancos porque nenhum sono e muito cansaço vindos de Recife. Na segunda o primeiro espetáculo às 16 horas e nada do nosso cenário chegar. Ô, meu Deus! Mas chegou assim, em cima da hora, minutos antes da peça pra encher a apresentação de suspense. E uma plateia que, como já disse, cheia de uma adolescentada arretada, numa outra, pensando em farra, amor e festa. Foi difícil segurar a barra, mas seguramos. E ficou a expectativa para a segunda apresentação, ontem, às 19 horas. E chegamos ao teatro às 16h30 e demos de cara com nova surpresa. Pegou fogo numa subestação de energia próxima ao teatro e tudo estava às escuras. Enquanto pensávamos uma alternativa com lampeões, velas e etc. O Fabrício olha pra mim e sola: “Depois da apresentação vamos levar vocês para um banho de folhas!” Sem dúvida, Dionísio nos ama, mas um Hades qualquer está interferindo nas suas boas intenções. Perto das seis a luz se fez e entre muitos gritos e alívio geral ligou-se, entre outras coisas, o ar condicionado do teatro, porque como já disse, faz um calor!!! E veio o espetáculo. Lindo, lindo! É fato que começou meio ansioso porque muita expectativa e responsabilidade interferem na naturalidade, mas o espetáculo foi se achando e terminou como começo essa frase, lindo, lindo! Na plateia o Grupo Moitará, do Rio de Janeiro e a Cia. Mão Molenga de Recife. Claro, o público de Feira de Santana e os tantos amigos do Sesc, que ficaram à nossa volta o tempo todo, distribuindo carinho, simpatia, apoio, solidariedade e produção. Não regularam nunca e em nenhum momento, qualquer precisão. Vou citar aqui alguns, mas acho que vou esquecer de outros, já que tantos, mas os que eu esqueci, perdoem, depois eu devolvo em beijos a agradecimentos outros: Ana Paula, Katia, Uilma, Renata, D. Teresa, Romildo, Fabrício, Ronalde... queridos, como vocês foram importantes, quanta felicidade nos deram levando entre outras coisas, doce de jenipapo, água de côco, tâmaras, abraços, largos sorrisos, beijos e piadas. Fomos e estamos sendo tão felizes em sua cidade. E olha que no meio do caminho, entre as necessidades de banho de folhas, a Regina recebe a triste notícia de que ladrões entraram em sua casa em Curitiba, arrombando portas de ferro e contribuindo com sofrimentos. Ela teve que ir embora antes, foi hoje, pela manhã, sem poder completar o prazer de estar até domingo em Feira de Santana. Vai bem, Regina. Mês que vem tem Cuiabá, Porto Alegre e Recife, e você esteve, como sempre, linda e atenta ao nosso espetáculo. Cuidando do nosso teatro. E a vida continua...

4 comentários:

  1. Gente, parabéns pelo trabalho. Ficamos muito felizes de compartilhar da celebração, que espero poder repetir mais uma vez por esse Brasil afora. Abraços (Fábio Caio)

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  2. Gostaria de parabenizar novamente o grupo pelo lindo espetáculo. Adorei! Já havia me apaixonado pela peça sobre Dom Casmurro, e com essa apresentação de ontem fiquei mais fã ainda de vocês! Estou ansiosa pela volta do grupo a Feira de Santana. Com Carinho, Alana Pereira.

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  3. Foi lindo. Só tenho que agradecer a todos vocês...
    Obrigada Regina, Diego, Edson, Guilherme e professora Janja.
    Um abraço bem apertado em todos vocês,
    Elâine

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  4. É um espetáculo que nos faz dizer: poxa, mas já acabou? Pois é tão gostoso de assistir que faz com que percamos a noção da transição do tempo. Feira de Santana agradece a passagem de vocês, foi uma relação linda e contagiante!!! Patrícia Matos.

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