A Regina Bastos é considerada, numa boa, uma das maiores atrizes do Teatro Paranaense, com experiência nos palcos de Curitiba, desde quando, ainda no Teatro Amador, fez “Electra”, de Sófocles, dirigida por Oraci Gemba, um dos mais míticos diretores de nosso estado, já falecido. Sua estreia no Teatro Profissional foi em 1974, com “Maria Bueno” a história de uma santa/mártir paranaense, num espetáculo também dirigido pelo Oraci Gemba. Ganhou três prêmios Gralha Azul como Melhor Atriz do ano, em 1994 (A Feia), 1995 (O Dedo Volúvel do Destino) e 1998 (As Kamikazes), todas dirigidas por Cleide Piasecki. Em 1999, “As Kamikazes” fez uma das participações do teatro do Paraná no Palco Giratório. Ela é casada com um dos mais importantes iluminadores brasileiros, o Beto Bruel (que também criou a luz de “O Evangelho Segundo São Mateus”) e gosta de contar que os dois se conheceram em 1972, quando ele comprou ingresso para ela assistir “Hair”, dirigido pelo Adhemar Guerra. Muitos anos depois, tanto ele como ela, trabalharam em dois espetáculos importantíssimos do teatro de Curitiba, ambos dirigidos pelo inesquecível e insuperável diretor paulista Adhemar Guerra: “Mistérios de Curitiba” e “O Vampiro e a Polaquinha”, baseados em contos de Dalton Trevisan. Regina é mãe de Betina, que é professora de Biologia e de Renata, que é atriz e atualmente mora em São Paulo, cursando a EAD. Tem dois netos, Juliano e Lorenzo, que são seus xodós e de quem ela fala o tempo todo. Amor de tudo! Com o Grupo Delírio ela vem fazendo ininterruptamente “Capitu – Memória Editada”, “Kafka – Escrever é Um Sono Mais Profundo do Que a Morte”, “O Evangelho Segundo São Mateus” e “A Vida Como Ela É Nelson Rodrigues”. Regina é importantíssima em todo o processo de criação dos espetáculos e claro, esbanja domínio de cena e talento. Mas chama a atenção a percepção aguda que ela tem do texto, ajudando os novos a buscar sempre uma incrível naturalidade na expressão da palavra, sem perder intensidade, ao contrário, ganhando em teatralidade.
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