quinta-feira, 21 de abril de 2011

QUEM É QUEM NO PALCO DE "O EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS"- JANJA


Faz muito tempo que eu e a Janja (que chama Elisângela dos Santos Rosa) fazemos teatro juntos. Desde 1993, quando ela, sem saber tocar bateria, fazia a baterista da banda em “Speedy, Eu Te Amo!”. Era uma menininha, cheia de vontade e paixão. Agora é uma meninona, cheia de vontade e paixão! Depois fizemos “Equus”, do Peter Shaffer, onde, além de encantar com sua beleza e talento, ficava completamente nua, coisa que ela repetiu anos mais tarde, quando fizemos “Toda Nudez Será Castigada”, onde ela dividia a ausência de figurino com o Marcelo Rodrigues, que andou pelo Grupo Delírio, inclusive na primeira temporada de “O Evangelho Segundo São Mateus”. Fizemos ainda uma comédia maluca chamada “Histórias Urbanas de Arrepiar”, onde ela exercitou o nonsense fazendo uma enfermeirinha da pá virada e um momento de glória: “Anti Nelson Rodrigues”, um daqueles teatros onde tudo dá certo e o elenco inteiro botava pra quebrar. Recebemos até a visita da Barbara Heliodora, que gostou da nossa atuação, mas nunca foi com a cara do texto e disparou: “Vocês tem a mania de acender vela pra mau defunto!” Em 2005 fizemos um outro espetáculo mágico de tão lindo e, perdoem a falsa modéstia, perfeito: “Capitu – Memória Editada”, baseado em Dom Casmurro de Machado de Assis. Viajamos pelo Brasil pelo Palco Giratório e se já tínhamos tesão pelo teatro, pegamos tesão por viajar. O que é bom sempre vicia! Mas a Janja viveu altas emoções em outros palcos, vivendo, por exemplo, um elogiadíssimo morceguinho em “O Meu Pé de Laranja Lima”, de José Mauro de Vasconcellos, com direção da Cleide Piasecki; além de uma incursão ao monólogo com sonhos e pesadelos de Clarice Lispector e ainda Charles Dickens e suas “Grandes Esperanças”. Nesse começo de 2011 vivemos uma das mais belas emoções que o teatro pode nos proporcionar. Encenamos por amor à Clarice Lispector “Minha Vontade de Ser Bicho”, um espetáculo que resultou num sucesso instantâneo. Foi lindo de morrer! Pois é, a Janja é uma estudiosa do teatro e das literaturas ( já leu todos os russos!), manda super bem em frente às câmeras e vive fazendo campanhas e publicidades. Sabe conduzir uma oficina de teatro como ninguém e resolveu ficar grávida de um baiano arretado! Vai ficar conosco neste Palco Giratório até agosto, porque aí entra no sétimo mês e não dá pra encarar o interior do Brasil com um piá ou uma menina batendo na porta. A Uilma de Feira de Santa jura que vai ser menino. Quem sabe? Quanta história e quanta aventura o teatro ainda vai nos proporcionar?

Um comentário:

  1. Concordo muito com a frase: "sabe conduzir uma oficina como ninguém". Janja, sua passagem por aqui, em Feira de Santana (BA) foi inesquescível! Se será menino ou não, não sabemos, mas será repleto de luz concerteza!

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