Caruaru - Pernambuco
Teatro Rui Limeira Rosal/ Sesc – 23 de outubro
Público aproximado: 70 pessoas
Amigo: Severino
Nossa passagem por Caruaru é tão fugaz quanto intensa. Chegamos perto do meio dia e depois de altos banhos de piscina no Hotel Village, fomos para o teatro, montar cenário, luz e fazer o espetáculo já às 20 horas. Claro, antes uma passada pela famosa Feira do Artesanato, onde, sem brincadeira, a Cecé comprou um bode! Falso, claro, mas em tamanho natural, pelagem natural e capacidade para 2 litros do que você quiser colocar na sua barriga... e depois você serve adivinhem por onde! Como a Cecé vai carregar o tal bode pelo Palco Giratório, aviões, vans e micro-ônibus é uma história para ser contada no final, em dezembro. Mas fato é que a Cecé comprou um bode e qualquer hora a gente publica aqui a fotografia do tal. E o espetáculo? Especialíssimo! Um público íntimo, suave, delicado, que acompanhou nossas palavras e gestos com cuidado e atenção, como se sentisse nossas respirações e viajasse conosco pela malandra reflexão que fazemos, inspirados por um poeta malandro e intenso: Fernando Pessoa. Ao final, presentes! O diretor de teatro Paulo Sobrinho chegou-se a mim e acariciou: “Seu espetáculo é natural sem ser real.” E basta! Porque todo o teatro parece estar contido nesta simples e profunda frase. Sem arrogâncias bobas, dá pra dizer que Paulo sabe o que e com o falar. Obrigado. E ainda mais. A poetiza Bela Araujo, com ritmo de Pessoa, colocou o elenco todo a sua frente e, no palco, com a voz mais doce e madura do mundo, presenteou-nos com uma poesia sua:
“A poesia toma forma em um corpo louco, que corre, grita e chora. É vendida nas ruas para meretrizes, pensadores, cantores. Passou de um corpo para outro, virou semente agora. Às vezes fica perdida no tempo, no momento, porque quem a comprou não a leu; e se quem a leu não a percebeu, vai ser sempre espinho e a flor, esta volta ao caminho de quem a plantou.”
Muito, muito obrigado querida! Um super beijo em seu coração também! Você e o público de Caruaru nos proporcionaram uma noite maravilhosa, talvez tão maravilhosa quanto a que quisemos proporcionar-lhes. E acho que deu certo. E agora e partir para um lugar chamado de “friozinho”: Garanhuns! E logo cedo, às nove da manhã. Vamo-nos pelo interior do Pernambuco, uma surpresa à cada porto!
Olá,aqui é o Pierre,não sei se alguem lembra,mas,eu simplesmente amei a forma como o espetaculo acontece,é contagiante do inicio ao fim,o elenco é simpatico! parabens,e espero ver outros trabalhos... abraços!
ResponderExcluirPercebemos a imensa criatividade da mente humana, que faz qualquer um refletir sobre o que acreditamos durante tanto tempo, o espetáculo foi uma surpresa para mim, pura filosofia… contou com a presença de Nietzsche, Fernando Pessoa, Clarice Lispector, Gustavo Saulle e Guilherme Fernandes (os dois últimos ainda vivos). Se todo o evangelho não existiu não importa, o que realmente importa é que a poesia e as mensagens de amor ditas por Jesus ficarão até o fim dos tempos.
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