Triunfo/Pernambuco – 28 de outubro
Público: mais ou menos 30 pessoas.
Amiga: Aurilene
Triunfo, no meio do sertão pernambucano é um milagre! Uma cidade de encanto e magias que parece criada e nascida de algum sonho, porque tudo é elaboração e beleza, das ruas de pedras, às construções centenárias, de fachadas restauradas e simpáticas. O tempo parece ter ficado preso, guardado a sete chaves e em um baú entre vales e clima confortável. Triunfo, que nos permita o clichê, é um triunfo do espírito humano. E o Hotel do Sesc, encravado no alto da pedra, um luxo, ainda oferece um passeio original, pelo teleférico que desce lá de cima até o centro da cidade. No alto, sobre um lago limpíssimo, vendo a cidade lá de cima, a Regina confessou: “Se um dia eu desaparecer, pode ter certeza de que eu vim morar em Triunfo!” Compreensível, morar no sonho é o sonho de todo sonhador, principalmente se for artista. O espetáculo foi suave, pequeno, delicado, como pedia a plateia pequena e atenta. Alguns amigos, companheiros de teatro de Fortaleza (Zaza e Marisa), além do Kleiton, lá estavam com seus olhos brilhantes e sorriso cúmplice. Foi tão diferente quanto bom, num auditório do Colégio Stella Maris, de muitos, muitos anos; como toda a cidade. E, surpresa, ao final, entre o vinho e o pão, surgiu Claudio Araujo, ator e instrutor do Sesc/Triunfo; estudioso dos evangelhos e da vida de Cristo. Com uma segurança incrível e naturalidade de quem muito sabe, contou dos quatro evangelhos: O de São Mateus foi escrito para os judeus, o de São Marcos foi escrito para aos romanos, o de Lucas (que não conheceu Jesus) foi escrito para os gregos e o de São João, foi escrito para os cristãos, por isso o seu Cristo é o filho, o cordeiro. Lição tomada, agora é achar uma forma de contar também isso para o público, nem que seja no prólogo, quando damos as boas vindas. Triunfo foi tranqüilo e pacífico e agora vamos avançar para o sertão e seguir amanhã para Petrolina, que nosso Road Theater está só no começo.
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