SURUBIM - Pernambuco
Auditório do Severino Farias
Público: aproximadamente 150 pessoas
Amigo: Avassi
A viagem de Campina Grande para Surubim, no micro-ônibus dirigido pelo senhor Marcondes, foi com o elenco dormindo. Tivemos que acordar 3 horas antes do previsto e os baladeiros tinham atravessado a madrugada. Tudo bem, Surubim nos recebeu de braços abertos e o Hotel Cristal é muito, muito bom. A apresentação, às 15h30 do dia 21, foi no Auditório do Colégio Severino Farias e o público formado por adolescentes e muitos amigos além dos 60 anos. As apresentações para público dirigido sempre são uma “caixinha de surpresas”, porque nunca sabemos exatamente o que esperam do espetáculo, já que chegam no teatro mais por sugestão do que por opção. Um garoto, na frente do auditório, quando servíamos suco de uva, me perguntou: “Como é o nome da peça? De onde vocês são?” E daí que fomos para o palco de coração aberto e dispostos a celebrar nosso espetáculo com tranqüilidade e calma. Foi lindo! Um público entusiasmado, atento e participativo e que recebeu o Gustavo Saulle com gritos, quando apresentado. “Nosso galã!, eu disse”. E todos concordaram. Uma reflexão de última hora: o público do interior nordestino é muito católico, muito devoto e tem o espírito livre para o espetáculo, mas claro, assusta-se com a visão às vezes radical e paradoxal de uma coisa que para eles é muito simples, a existência de Deus e de seu filho Jesus. É preciso cuidado, compreensão do outro e compreensão de que nosso espetáculo é um diálogo e que precisamos conversar com o público. Cada espetáculo é um espetáculo. Nossas percepções têm estado cada vez mais abertas para essa circunstância. De todo modo, verdade é que Surubim é uma cidade muito vibrante. As ruas cheias de gente indo e vindo e com peculiaridades incríveis, como por exemplo, a existência de umas camionetas Toytota que nunca vimos em lugar nenhum, e que aqui, circulam em abundância. De todas as cores e com diversas utilidades, sendo a maior a de transportar pessoas. E de quebra conhecemos o pessoal do Grupo Proscênio, vibrantes e de cabeça muito aberta, o que aponta para resultados provocativos. Adoráveis. André, Verinaid, Aline, Amanda e Gilberto ficaram para conversarmos bastante ao final de tudo. Enfim, nessa cidade acolhedora, nosso “Evangelho Segundo São Mateus” foi fluido e simples. Como tem que ser.
O Grupo Proscênio
um dos melhores espetáculos que ja assisti ;)
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