quinta-feira, 13 de outubro de 2011

TRILOGIA DO RIO MADEIRA (I) – Por Tiago Luz

Porto Velho – 28 e 29 de setembro – 20h00
Dia 28: O Evangelho Segundo São Mateus
Público: 70 pessoas
Dia 29: Um Kafka – (Escrever é um sono mais profundo do que a morte)
Público: 150 pessoas
Amigos: Andressa e Claudio
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I – DE PREPARAÇÃO
“Desembarcamos em Porto Velho com espírito desbravador, entusiasta, revolucionário. como os estrangeiros que se arriscaram às margens do rio madeira para construir a estrada de ferro que passa pela cidade. Mas a nossa revolução é Dionisíaca, Apolínea. E acontece tanto fora quanto dentro de nós”.
Então que o nosso teatro é ecumênico e de um panteão festejamos um único Deus, o Deus da humanidade. Esse Deus que nos conecta, independente de crenças e convicções, por vias simples e diretas, como o desejo de ser feliz e fazer o bem. Cabe aqui a frase emblemática do nosso espetáculo: “ama a teu próximo como a ti mesmo”. O silêncio que essa frase produz, no momento em que é dita, é o silêncio da reflexão, da comunhão, do encontro com algo tão primitivo e essencial quanto o ato de respirar. Como ator, fazer esse espetáculo é massagear a própria alma, acarinhar o espírito. “o que contamina o homem (...) é o que sai de sua boca”, o que o eleva também, uma vez do lado de fora, a palavra se enche de novos significados. Um espectador, durante a conversa depois do espetáculo, disse: “a gente sente que o que vocês estão dizendo é de dentro para fora mesmo”. Aí pensamos (o público e nós) que esse encontro é também um culto, sem sacerdotes, sem verdades absolutas, regido apenas pelo encontro sensível das palavras e das pessoas. Mateus, Fernando Pessoa, Clarice Lispector, Edson Bueno... ou a criança de oito anos, na primeira fila, que se levanta para dizer que mirra é um perfume, um incenso. “Daí” que esse nosso encontro foi tão poderoso e conciliador, que chegamos a cogitar a possibilidade de repetir a dose no dia seguinte no lugar da nossa peça de repertório “Kafka – escrever é um sono mais profundo do que a morte”. O que felizmente não aconteceu. Aqui começa uma outra história, afinal não fomos a Porto Velho só pra fazer pão.

Um comentário:

  1. cadê as fotos da Ceia de João Pessoa, estamos esperando abraço!..e merdaaaaaaaa pra vocês!

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